quinta-feira, 29 de abril de 2010

O Hip Hop Insular

Hoje vou falar-vos de Hip Hop...Não do Hip Hop do final da década de 70 que reflectia os conflitos sociais das classes urbanas, mas o Hip Hop do século XXI. Este Hip Hop que tem contribuído para a integração social e, até mesmo, a "re-socialização" dos jovens, rompendo assim com o preconceito e a exclusão.
Não se esqueçam que estamos na "Boca da Canada". Aqui falamos da realidade açoriana. Nos Açores ainda não existem muitos músicos que se dediquem, exclusivamente, ao Hip Hop. No entanto, foi com muito gosto que entrevistei um conterrâneo que ama o Hip Hop...pela sua vida toda!!!
Além  de ser um músico Hip Hop assumido, é um Poeta! Destaca-se pela sua simpatia, humildade e persistência...tal como ele diz "sempre com uma enorme atitude". Pedro Fernandes é um jovem de 19 anos, filho de Mãe Terceirense e Pai Cabo-Verdiano, nasceu em Ponta Delgada, mas a sua família acabou por vir viver para a Terceira, onde cresceu e vive actualmente. Posso vos dizer que é o Micaelense que fala o melhor Terceirense que já vi em toda a minha vida! :-)
Com um Curso Técnico Profissional em Ordenamento do Território e Ambiente, Pedro Fernandes começa a interessar-se pela música por volta dos 15 anos, sobretudo, pela escrita de rimas, sendo influenciado por um colega de turma que segundo ele "também transmitia sentimentos, pensamentos, visões para o papel".
Movido pelos sons provenientes do "Hip Hop Tuga", Pedro acaba por se tornar num músico, "Mestre de Cerimónias, um Mc"! Adoptou o pseudónimo de POETA URBANO, nome baseado na sua paixão e como ele bem define "amante da eterna poesia e do Hip Hop". Este jovem talento inspira-se em várias vertentes musicais, nomeadamente, Soul, Funk, Ragga, Reggae, Fado, Dancehall, Rock...enfim, a sua marca passa pela sua versatilidade musical.
Para que tenham noção da sua devoção, este jovem de 19 anos compõe e produz os instrumentais. As suas letras são inspiradas na realidade e nas problemáticas do quotidiano. Pedro, Poeta Urbano, tenta sempre deixar "uma mensagem bem clara nas suas músicas", pois considera que todos os problemas pelos quais passamos, são uma aprendizagem constante.
Como não poderia deixar de faltar, este MC de serviço não deixa escapar os acontecimentos da Ilha! Daí o seu mais recente trabalho intitular-se "Ilha Terceira" (Oh Poeta! Não te esqueças das femmas e dos femmos de São Miguel!) :-)
Falando agora de assuntos mais sérios, questionei-lhe acerca de como era ser músico Hip Hop numa Região Ultra-Periférica e....como já era previsível, o Poeta Urbano depara-se com algumas dificuldades e diz ser uma luta constante, uma vez que ainda não obteve qualquer tipo de apoio das entidades locais. Contudo, ele tem tido muita receptividade dos jovens e já conta mais mais de 1000 fãs no seu Facebook. Por essa razão, ele sente-se profundamente agradecido pelo apoio de todos os seus amigos.
Actualmente, a vida diária do Poeta Urbano divide-se entre a música, desfiles de moda, futsal, família, amigos e, claro,...muita Party!!! :-)
Poderão aceder em www.myspace.com/urbanopoeta e conhecer melhor o seu trabalho.
E tu Poeta Urbano...continua a produzir...tens mais uma fã a seguir-te no Facebook :-)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Paisagens, fotografia e a ilha...

Hoje vou dar-vos a conhecer uma das minhas paixões: a Fotografia! Este fim-de-semana passado aproveitei o tempo para ir arejar as ideias e levei a máquina fotográfica para registar alguns bons momentos que a Natureza tem o prazer de nos proporcionar.
Fui à zona do Baía no Porto Judeu, na ilha Terceira...sítios por onde não passava já ha bastante tempo. São sitios espectaculares para relaxar e captar umas belas imagens. Deixo-vos aqui alguns registos...





segunda-feira, 8 de março de 2010

Há quase dois anos: A ilha do Corvo sem acidentes de viação

Esta semana vi uma notícia bastante curiosa "O Corvo, a mais pequena ilha dos Açores, não tem registo de um acidente de viação há quase dois anos, tendo o último ocorrido em Abril de 2008, envolvendo um veículo particular e um veículo da GNR." Na altura que li isto, deu-me vontade de rir, mas agora, pensando em termos gerais, não apenas na questão dos acidentes rodoviários, mas em toda a vida diária dos Corvinos... Já imaginaram a quantidade de sensações que são experimentadas esporadicamente? Bater com carro, atropelar alguém, ver uma pessoa diferente, ver um aparelho electrónico topo de gama...
A "Novidade" tem, certamente, para estas pessoas um valor diferente ao que nós normalmente damos. Só por isto, devíamos repensar bem nas nossas atitudes e pensamentos e valorizarmos até as coisas mais banais. Ás vezes é nestas PEQUENAS REALIDADES que encontramos as GRANDES COISAS.